Tabela de frete mínimo – impacto na indústria após greve dos caminhoneiros

Uma das reivindicações dos caminhoneiros na última greve do setor, em maio, foi a criação da tabela de frete mínimo. A medida foi atendida e está sendo regularizada por meio de votações no Congresso nesta semana. Qual o impacto disso no setor produtivo e nas indústrias? Independente de ser positivo ou negativo, é fato que uma mudança existe e a adequação de gestão se faz necessária. Um bom planejamento contábil-financeiro auxilia a lidar com os imprevistos e manter um controle ideal das despesas do setor industrial. Veja! 

A Tabela de Frete Mínimo

A definição da tabela de frete mínimo fez parte da proposta de acordo do governo com os caminhoneiros para por fim a última greve do setor, em maio de 2018. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) definiu, em 30 de maio de 2018, a tabela com os preços mínimos dos fretes (veja tabelas no final do post).  De acordo com o governo federal, a tabela tem “caráter obrigatório para o mercado de fretes do país”.

Publicada como MP (Medida Provisória), a medida já tem força de lei desde que foi publicada. Mas, para se tornar uma lei em definitivo, terá de ser aprovada pelo Congresso Nacional. Na semana passada, deputados e senadores aprovaram, em comissão mista, a MP 832/18, que estabelece um preço mínimo para os fretes de carga no País. Agora, a MP pode ser votada pelo plenário da Câmara dos Deputados.

Atualização de Valores

A Tabela ANTT apresenta “os preços mínimos referentes ao quilômetro rodado na realização de fretes, por eixo carregado”. Esses valores dos fretes estabelecidos pela agência são válidos até 20 de janeiro de 2019. Segundo o Planalto, novas tabelas deverão ser publicadas até os dias 20 de janeiro e 20 de julho de cada ano e serão válidas para o semestre em que forem editadas. De acordo com a Presidência, o cálculo para a tabela “baseou-se no levantamento dos principais custos fixos e variáveis envolvidos na atividade de transporte”.

A decisão agradou aos caminhoneiros, que querem que a MP seja concluída até à audiência final com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em 27 de agosto de 2018. Por outro lado, grande parte do setor produtivo (agronegócio e indústria), pedem o fim do tabelamento.

Reação do Setor Produtivo

DjazilSegundo uma nota editadapor alguns membros representantes do agronegócio, os números dos impactos do tabelamento nos índices de inflação são prova de que a medida é um erro. Conforme a nota, o IPC Fipe (Índice de Preços ao Consumidor) de junho para o setor de alimentação foi de 3,14%, no mês de abril havia sido negativo em -0,10%. No setor de transportes, o IPC em junho foi de 1,01%, contra 0,05% em abril. Os descontestes com a medida alegam que os custos de frete dispararam. Os laticínios estão pagando 40% mais caro para buscar leite no produtor. A indústria de soja está movimentando produtos pagando fretes 30% mais altos.

Independente do posicionamento perante a decisão, é necessário atentar-se para os impactos da medida no setor. Por enquanto, a MP está em vigor e é fundamental organizar-se com o planejamento contábil e financeiro, especialmente para controlar as despesas e não perder-se na organização e gestão do negócio.

Planejamento Contábil de Despesas

Como a medida gera um impacto na logística da indústria, a adequação é necessária. Para isso, é preciso realizar um planejamento. Planejar significa ter consciência dos fatos e conhecer as possíveis consequências. Com planejamento, pode-se tomar as devidas decisões, buscando sempre o melhor custo-benefício.

O planejamento contábil de uma empresa deve contemplar dados como receitas, despesas e obrigações tributárias, além de quaisquer operações que impactem no caixa.

As tabelas liberadas pela ANTT, por exemplo, são uma forma de prever quais serão os gastos da empresa com frete e transporte. É essencial se utilizar desta informação, além de usar, também, o histórico da empresa com estes gastos. Já que, muito provavelmente, os gastos irão ser diferentes e as previsões para os próximos meses terão que ser revistas.

Por que realizar o planejamento contábil?

O gestor que faz uso correto do planejamento contábil consegue saber de maneira rápida quanto a empresa lucrou e quais foram seus custos. Importante para a saúde financeira do negócio.

– Previsibilidade de lucro

Realizar previsões sobre os lucros é fundamental para orientar as tomadas de decisão. Por meio dessas estimativas fica mais fácil definir os próximos passos que serão tomados no curto e no longo prazo. Porém, essa análise nunca deve ser feita com base em incertezas ou suposições. As projeções devem sempre se sustentar em dados concretos e reais provenientes da contabilidade, setor financeiro e administração da empresa.

– Gerenciamento das despesas

Com as informações financeiras organizadas, é possível identificar os períodos em que os gastos são maiores. E também as atividades que geram mais despesas e o porquê. Isso é importante para saber onde é possível reduzir custos.

– Ajuda a lidar com imprevistos

Toda empresa, por mais organizada que seja, enfrenta imprevistos no dia a dia. A diferença é que algumas estão mais preparadas para lidar com essas situações. Companhias que adotam as práticas de planejamento contábil contornam melhor os imprevistos. Dessa forma, elas podem escolher melhores estratégias  para superar momentos inesperados sem comprometer o fluxo de caixa.

– Crescimento

O planejamento contábil é uma ferramenta indispensável para atingir os objetivos do negócio. É através dele que se consegue informações para descobrir se os lucros previstos serão suficientes para cobrir as despesas, garantindo uma expansão financeiramente sustentável.

Tabelas de Frete Mínimo em Vigor:

Djazil

Djazil

Djazil

Djazil

Djazil