Já está em vigor a nova Instrução Normativa Estadual que define regras para o processamento de artigos e superfícies em salões de beleza e estética. A Vigilância Sanitária da Gerência Regional de Rio do Sul orienta que estes estabelecimentos tomem conhecimento sobre as novas determinações e alerta para as principais mudanças.
A medida já está em vigor desde outubro, mas os salões serão fiscalizados a partir de janeiro de 2014. Por exemplo, está proibida a utilização de estufas. Desta forma, manicures e pedicures devem utilizar equipamentos de autoclave para esterilização de materiais cortantes, como alicates e espátulas.
Pentes, escovas de cabelo, tesouras e toalhas também passam a ter uma regra para serem utilizados. Todos estes itens, segundo a nova instrução normativa, devem ser disponibilizados devidamente desinfetados e protegidos para cada cliente.
De acordo com o fiscal de Vigilância Sanitária da 12ª Gerência de Saúde, Adilson Roussenq, a nova normativa veio para regularizar o trabalho. “Essa normativa veio para orientar e regulamentar o uso desses materiais. Antes não tínhamos como controlar o uso das estufas, cada um usava da forma que achava melhor. Já a autoclave, além de ser mais eficiente, o controle é automático”, destacou.
Além disso, fica expressamente determinado que todos os profissionais que atuam nestes estabelecimentos devem possuir o comprovante do esquema vacinal completo, com ênfase para as vacinas Difteria, Tétano e Hepatite B, disponibilizadas pelo serviço público.
O governo Estadual lançou a normativa para regular o mercado de beleza – que coloca o Brasil como o maior do mundo no segmento, apenas atrás de Estados Unidos e Japão. Há exigências como vacinações dos profissionais, uso de Equipamentos de Proteção Individual, higienização de escovas de cabelo e substituição das estufas por autoclaves, o ponto mais polêmico. Isto porque a autoclave custa, em média, de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil. A instalação exige cuidados especiais, como sala reservada e água especial.
As regras visam prevenir a contaminação, tanto dos profissionais como dos clientes, por doenças, como Aids, micoses e outras. O não cumprimento das determinações pode implicar em penalidades. Profissionais e estabelecimentos que não tiverem o equipamento podem pedir que os clientes levem os próprios materiais.