Impostos, energia e água são maiores gastos de empresas

Os gastos com impostos, água e energia são os mais difíceis de serem reduzidos pelas empresas brasileiras, de acordo com um levantamento da consultoria especializada em análise de custos, Expense Reduction Analysts (ERA).

O máster franqueado da companhia, Fernando Macedo, diz que, atualmente, a margem para realizar cortes nesses itens está ainda menor, por conta do aumento das tarifas administradas, que houve no início deste ano. A pesquisa, referente a 2014, mostra também as áreas em que as empresas clientes da ERA tiveram mais sucesso ao tentar diminuir custos.

Em primeiro lugar, foram as despesas com telecomunicações, que obtiveram 32% de redução em seus custos, através de troca de operadoras, planos ou até mesmo de renegociações de tarifas. Em segundo, vieram os gastos com frete, que ficaram 25% menores. Logo depois, estão embalagens e alimentação, despesas que sofreram redução de 18% e 12%, respectivamente. No caso da alimentação, as empresas procuraram baratear custos com refeitórios internos ou pacotes de vale refeições.

Macedo diz que, quando se trata de impostos, não há como fugir e é preciso que as empresas arquem com esses gastos. Já em relação à água e à energia, as saídas possíveis estão em campanhas de conscientização ou investimentos em tecnologias alternativas, já que as tarifas desses recursos não podem ser negociadas com o governo ou com as concessionárias. “Muitas empresas já estão lançando campanhas internas de conscientização para a economia de água e energia e implementando técnicas de reuso de água, algo que não existia no Brasil até há algum tempo atrás”, afirma o especialista da ERA.

Já os serviços que possuem um nível de concorrência maior oferecem mais margem para redução de custos. “As telecomunicações, por exemplo, são uma categoria de gastos extremamente dinâmica, onde existem diversas opções de serviços. Em nossos atendimentos, percebemos que as empresas acabam contratando serviços que, muitas vezes, não utilizam. Nós avaliamos, portanto, a forma como o nosso cliente utiliza o serviço de telecomunicação, para poder contratar o plano que melhor se encaixa na empresa”, exemplifica Macedo.

Fonte: DCI