O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou nesta quinta-feira uma nova fórmula de recomposição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente na linha branca e móveis. As novas alíquotas serão válidas até setembro.
O IPI de móveis, linha branca, painéis, laminados, luminárias e papel de parede retornaria para o patamar original a partir da segunda-feira, dia 1º de julho. Mas depois de reunião com representantes do setor, Mantega apresentou um novo cronograma de recomposição de alíquotas. Os IPIs ficarão em uma faixa intermediaria até setembro.
Conforme o anúncio do ministro, as alíquotas não serão completamente recompostas. No caso dos móveis, o IPI subiria de 2,5% para 5%, mas com a decisão de hoje, subirá para 3%.
No caso do fogão, o IPI sobe de 2% para 3%, não retornando, assim, aos 4%, originais. Para o tanquinho, o imposto sai de 3,5% para 4,5%; refrigeradores sai de 7,5% para 8,5%.
Segundo Mantega, o setor vai procurar absorver esse aumento de modo que o preço não se eleve para o consumidor.
O ministro esteve reunido com representantes desses setores na manhã de hoje. Após o encontro, a empresária Luiza Helena Trajano, disse que o sentimento do setor era de que não haveria nova prorrogação de IPI reduzido para esses segmentos. No entanto, um “meio termo” poderia ser atingido, com as alíquotas permanecendo em um patamar abaixo da recomposição total.
Prazo
De acordo com Mantega, as alíquotas “provavelmente” serão elevadas até seu patamar ‘normal’ em setembro.
No entanto, o ministro não quis se comprometer, falando que “em setembro vamos ver”. “A ideia é a recomposição, mas podemos calibrar isso dependendo da arrecadação, do desempenho do setor e da inflação”.
*Valor Econômico