Para os aposentados e pensionistas do INSS, já está valendo o novo teto do crédito consignado. Quem precisar de um empréstimo vai pagar juros perto de 1% ao mês, mas o Procon faz um alerta.
Para facilitar, vários bancos reduziram as taxas de juros dos empréstimos consignados para aposentados e pensionistas. O desconto é direto no benefício. O INSS estipulou que a taxa máxima não pode passar de 2,14%.
O beneficiário não é obrigado a fazer o empréstimo no banco em que recebe o pagamento. Pode optar pela instituição financeira que oferece a menor taxa de juros. Foi o que a funcionária pública Patrícia Sette Câmara fez. Mas depois de alguns meses teve uma surpresa: “Eu me deparei com as parcelas não descontadas. Assustei”, lembra.
Mas Patrícia é atenta. Ela leu todo o contrato e, conforme uma das cláusulas, quando não é feito o desconto no salário a cobrança deve ser realizada por meio de boleto bancário.
“Eu não posso pagar de uma vez , mas eu estou disposta a negociar, diluir nas demais parcelas, postergar pagando juros que a gente negociou. Me ameaçaram de ir para o SPC”, conta.
De acordo com o INSS, no ano passado, 6 mil pensionistas tiveram problema com esse tipo de empréstimo no Brasil. No Procon de Belo Horizonte, as tentativas de negociações das dívidas são diárias.
“O importante é que o consumidor tenha em mente que ele deve usar no máximo um terço de sua remuneração, um terço do seu salário para os seus compromissos com as dívidas. Então, um salário de R$ 1 mil, por exemplo, um comprometimento de dívida até R$ 300 é razoável . Ou seja, ele teria ainda 70% do seu salário para os seus imprevistos, para se manter com alimentação, remédio, educação e saúde. Então, comprometimento acima de 30%, certamente são arriscados. O consumidor, em pouco tempo, estará com problemas com sua dívida”, aconselha o advogado Marcelo Barbosa, do Procon da Assembleia-MG.
*G1